Ontem foi a primeira prova de fogo do Startup Farm.
Organizar o Farmers on Beer foi ficha! O desafio dessa vez: apresentar o problema e o
mercado do nosso projeto em 4 minutos. Bom, na verdade:
Apresentar o problema, quem
está sofrendo, porque precisa de ser resolvido;
Apresentar o mercado,
tamanho e potencial;
Levantar hipóteses sobre o
problema;
Comprovar ou refutá-las
por meio de pesquisas de validação com os sujeitos;
Rá, em 4 minutos e com um
alemão na banca!
Tudo bem, o alemão está a 10 anos no Brasil e fala
português, mas, depois que terminei minha apresentação ele disse: “foi muito
rápido”. Acho que fiquei tão esbaforida que ele nem conseguiu entender. O
melhor foi a expressão facial dos jurados, do tipo: Museu? O que essa pessoa
está fazendo aqui? Ahhaahahhaahhahahah (Tô curiosa pra saber nossa nota)
Bom, quase não houveram perguntas, o Andreas (o alemão) apenas
perguntou sobre a validação com os gestores sobre a parte que o Mutz irá
receber pelas vendas das experiências culturais no site (falei muito rápido, acho
que não deu pra entender).
Exercitar um pitch é sempre muito bom, muito positivo
treinar sua capacidade de síntese e comunicação com quem não tem muito tempo
para te ouvir e precisa dividir a atenção com mais de uma dezena de outros
projetos.
Para mim, sobretudo, é uma reafirmação do nosso propósito,
da razão de ser do nosso investimento de tempo, suor, dedicação, das nossas
vidas em uma idéia. E ontem, o Felipe ..., um dos jurados mexeu conosco quando
disse que alguns projeto, pelo tamanho de mercado, não se enquadram no conceito
“clássico” de startup, ou seja, não tem grande poder de escala e alcance de
milhares de milhões de pessoas.
Bom, acho que é o nosso caso, mesmo assim, sentimo-nos
convencidos de prosseguir testando as ideias em torno do Mutz. Eu e o Guilherme
conversamos a respeito disso na hora de ir embora e estamos unânimes de que
estamos trabalhando em um projeto que não nos fará grandes em números, mas,
grandes na capacidade de executar bem. Para ilustrar, li hoje uma frase:
"A maioria das
pessoas teria sucesso em coisas pequenas, se eles não estivessem preocupados
com grandes ambições." (Henry Wadsworth)
É preciso se conhecer para saber aonde se quer chegar com um
projeto, mas, essa tarefa nos mostrou o quanto é indispensável pesquisar a
fundo o mercado que se quer conquistar. Um exemplo disso foi o Matt, da equipe
do MiCasaSuCasa, que foi o último a se apresentar e nos surpreendeu dizendo que
o “projeto morreu”. Ora, chegamos todos a conclusão que o projeto não morreu,
ele foi testado e chegou-se ao veredicto de inviabilidade. Ou também, “empreendedor
não morre, pivota”, como disse o Marcos Breder, do Musical Taste.
Está curioso para saber o que é pivotar? Continue
acompanhando aqui. Essa semana vamos falar de protótipos e testes de MVP’s.
Crédito da frase do título: Fernando, do Dialysis