terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Prefiro tubarões a golfinhos

Todo blogueiro tem uma justificativa para o seus dias de silêncio, por mais que alguns experts no assunto digam que isso não seja profissional. E a minha é a seguinte: os dias finais do Startup Farm foram intensos, em todos os sentidos. Mergulhamos de cabeça no desafio da semifinal.

Imagina assim?


Mas, foi assim.

O últimos tubarões com quem me encontrei nesse mergulho foram João Pirola e Gustavo Junqueira da Inseed e Rodolfo Zhouri da Endeavor. O tema da aula era "Pergunte ao VC (Venture Capital). Conheça um pouco sobre essa modalidade e atuação da Inseed aqui.

Essa coisa de investidor assusta muitos empreendedores no Brasil. Para mim, as coisas começaram clarear depois que conheci o Felipe Matos. Ele esteve na banca de jurados do Pitch Digital em junho de 2011 e pudemos conversar com ele e entender um pouco mais sobre o assunto.

Aqui no Startup Farm essa rodada de conversa com os investidores foi mais esclarecedora ainda. E a primeira da noite foi assim: "A melhor hora de procurar um investidor é quando você não precisa. Você necessita estar preparado, psicológica e financeiramente". 


                                              
                                                         Como assim, cara pálida?


Sim, é isso mesmo. O investidor não é o cara que te salva do fundo do mar, ele é a pessoa que tira os seus pés de pato quando você já aprendeu a nadar e te coloca em uma lancha, mas, para você guiar! Os investidores estão preocupados com o mercado sim, no entanto, fazem questão de enfatizar a relevância do empreendedor, seu perfil e sua capacidade de execução.

Esta parte da conversa foi a mais importante para mim, senti-me realmente valorizada como empreendedora. Fiz uma viagem na história e lembrei-me de séculos da humanidade nos quais pensadores, filósofos e cientistas buscaram e ainda buscam encontrar o papel do homem em nosso mundo.



Homem Vitruviano de Da Vinci



De Da Vinci a Steve Jobs, a maioria das pessoas admiráveis pelo mundo enfatizaram a importância da centralidade no SER humano, sim, destaco o SER, porque como disse Oscar Wilde, a maioria das pessoas não vivem, apenas existem. Portanto, ouvir daqueles investidores o quanto importa a minha vontade de criar um grande negócio, o meu esforço em executá-lo e o meu entusiasmo que me faz levantar todos os dias pensando nisso, foi fundamental nesse momento. Antes de ouvir isso desse pessoal já tinha ouvido do meu pai, aquele que, dos homem da minha vida, é o que mais admiro no mundo.

E, para que não fiquemos só no plano dos pensamentos, vamos às dicas práticas. Porque, aí sim, depois de um grande homem, que é grande, em primeiro lugar, porque decidiu ser, vem o dinheiro. E dinheiro é energia, meio, coisa e moeda e quem consegue lidar bem com ele, avança.

Confira as dicas do próprio Felipe Matos para você estar bem preparado na hora de conversar com os homens. 

P.S.: Apesar de parecerem tubarões, eles até que são simpáticos, e eu gostaria de ter um deles dentro do meu tanque! =)  


"Os japoneses adoram peixe fresco. Porém, as águas perto do Japão não produzem muitos peixes há décadas. Assim, para alimentar a sua população, os japoneses aumentaram o tamanho dos navios pesqueiros e começaram a pescar mais longe do que nunca. Quanto mais longe os pescadores iam, mais tempo gastavam para o peixe chegar. Se a viagem de volta levasse mais do que alguns dias, o peixe já não era mais fresco.
E os japoneses não gostaram do gosto daqueles peixes. Para resolver este problema, as empresas de pesca instalaram congeladores em seus barcos. Eles pescavam e congelavam os peixes em alto-mar. Os congeladores permitiram que os pesqueiros fossem mais longe e ficassem em alto mar por muito mais tempo.
Entretanto, os japoneses conseguiram notar a diferença entre peixe fresco e peixe congelado, e, é claro, eles não gostaram do peixe congelado. O peixe congelado, porém, tornou os preços mais baixos. Então as empresas de pesca instalaram tanques de peixe nos navios pesqueiros. Eles podiam pescar e enfiar esses peixes nos tanques, como sardinhas. Depois de certo tempo, pela falta de espaço, os peixes paravam de se debater e não se moviam mais. Eles chegavam cansados e abatidos, embora, vivos.
Os japoneses ainda podiam notar a diferença no sabor. Por não se mexerem por dias, os peixes perdiam o gosto de frescor. Os japoneses preferiam o gosto de peixe fresco e não o gosto de peixe apático.
Então, como os japoneses resolveram este problema?
Como eles conseguiram levar aos consumidores peixes com gosto de puro frescor ?
Para conservar o gosto de peixe fresco, as empresas de pesca japonesas, ainda colocam os peixes dentro de tanques. Mas, eles também adicionam um pequeno tubarão em cada tanque. O tubarão come alguns peixes, mas a maioria dos peixes chega "muito vivo".
Os peixes são desafiados!
Portanto, ao invés de evitar desafios, devemos pular dentro deles.
Massacremo-los. Se nossos desafios são muito grandes e numerosos, não devemos desistir e, isto sim, nos reorganizar buscando mais determinação, mais conhecimento e mais ajuda.
Se alcançamos nossos objetivos, buscamos objetivos maiores. Uma vez que nossas necessidades pessoais ou familiares forem atingidas, vamos ao encontro dos objetivos do nosso grupo, da sociedade e até mesmo da humanidade.
Devemos criar o nosso sucesso pessoal e não se acomodar nele. E, com recursos, habilidades e destrezas, fazer a diferença.
Vamos por um tubarão em nossos tanques e observar quão longe, realmente, podemos chegar."

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